terça-feira, 17 de agosto de 2010

"EU TENHO QUE APLAUDIR DE PÉ..."




dia 8 de junho de 2010,o nosso atual presidente, LULA, esteve em Fortaleza, numa coletiva no Banco do Nordeste do Passaré, para comemorar os 5 anos do Agro-amigo...Mas o que não podia faltar era um grupo de dança que pudesse retratar o povo nordestino! A Edisca teve a honra de ser convidada para participar desse evento, e dançar para o nosso presidente!
O balé apresentado foi o Duas estações! E no final do espetáculo houve espaço para elogios e até momentos para tirar fotos!
" Com licença que eu tenho que aplaudir vocês de pé!...." Palavras de nosso presidente
As fotos foram tiradas por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do presidente.

Curtam a vontade...

terça-feira, 3 de agosto de 2010


Informativo!

As férias foram muito boas! E por isso a Edisca tem o prazer de informar que as aulas vão voltar a partir do dia 08 de setembro(quarta-feira) devido a reforma que está sendo realizada na escola para melhorar o nosso maravilhoso ambiente de aprendizagem! As aulas iriam iniciar dia 06 de setembro mas 07 de setembro é feriado então resolvemos imprensar...Segurem a saudade de voltar!
E aproveitem pra curtir mais um pouquinho as férias pra voltar com muita alegria em setembro!

MOBILIS( 2003)
Mobilis foi o último balé( por enquanto ) realizado pela a Edisca. Fala do movimento, aquilo que o movimento aponta, o traço e o insinuado, o que há além da forma...um jogo de gravidade e suspensão, equilíbrios e dinâmicas, ordem e caos, investigando as relações entre o real e o virtual.
Nada existe por si só, tudo aparece como existência a partir de um olho observador.
Espectadores: 7.489 pessoas
Coreografia: Dora Andrade e Gilano Andrade

DUAS ESTAÇÕES (2000)
" Duas estações" é a metáfora da dualidade em que nos encontramos neste nível de vida, material e espiritual, e aponta para uma transcendência e um sentido de transformação. Esse balé fala sobre isso...o nordeste brasileiro é o cenário e o seu povo e cultura, sujeitos desse espetáculo. O balé traz um ambiente onde se recria a realidade mas com um pouquinho de surrealismo. A tradição do povo nordestino aparece bem forte através de conceitos artísticos da contemporaneidade: o mote dos repentes, das emboladas, das levadas de cocos e maracatus...falando desde a colheita, o forró, a feira até a seca no sertão...Um balé muito emocionante de se ver!

Coreografia: Dora Andrade e Gilano Andrade

KOI-GUERA (1997)

O balé Koi-guera quer dizer "o que será morto?"
Fala da vida de um povo que está a beira de um extermínio perverso. Chama a atenção para um dos problemas atuais de maior relevância: etnocídio indígena.
Utiliza de uma linguagem dança-teatro, o balé fala de da cultura e trajetória dos povos primitivos, e nós, como povo miscigenados que somos, logo percebemos algo morto em nós. A arte indígena inspirou por completo o espetáculo. Os adereços e parte dos artefatos que fazem parte da espetáculo foram adquiridos das seguintes etnias: Ticuna, Paraná, Gaviõ, Maku, Timbe, Wayna Apalal, Naekwa, Nambiquara, Kuoro, Paresi, Japirepe, Wai Wai, Chotrina Waimiri Atroari, Mentuktire, Tenarin e Gorotire.
O espetaculo já foi apresentado uma centena de vezes, tendo sido assistido por 65.636 pessoas.Esse espetáculo nos faz lembrar das nossas origens e denuncia nossa omissão com os povos indígenas. Coreografia: Dora Andrade
O QUE SERÁ MORTO? O que se perde quando um elo é cortado e nós já não conhecemos o nosso próprio rosto?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Espetáculos da Edisca...edição especial....
JANGURUSSU

Os espetáculos. "O maior Espetáculo da Terra", "Elementais" e "Brincadeiras de Quintal" se caracterizavam por serem gratuitos e voltados para as comunidades atendidas pela a instituição. A partir do balé " JANGURUSSU", abrimos temporada ao público em geral e cobrar ingressos...espetáculo que narra a condição de degradação a que estão submetidas as famílias que sobrevivem dos lixões das grandes cidades. Foi criado em 1995 tendo como coreógrafa única Dora Andrade que após uma visita ao aterro sanitário de Fortaleza, no bairro Jangurussu, presenciou o drama de centenas de famílias catando lixo para sua sobrevivência. A coreógrafa viu nessa tragédia humana substância e inspiração para criar um espetáculo que questionasse a condição extrema da adversidade encontrada naquela comunidade.

Prêmio Funarte de melhor coreografia em 1996 e espetáculo de maior público no Teatro
José de Alencar no mesmo ano. No total, foram 47.191 espectadores em 70 apresentações em sete capitais do Brasil.

EDISCA é a sigla criada a partir das letras iniciais do nome que nos definia-Escola de Dança e Integração Social para Crianças e Adolescentes. De escola de dança a escola de Arte foi só questão de tempo para realizarmos a complementaridade existente nas artes no currículo da escola. A primeira a ser chamada foi as Artes plásticas, em seguida o Canto e o Teatro. Depois foi detectou-se a necessidade da criar um programa de segurança alimentar, acompanhamento médico e psicológico para os educandos e familiares e um programa de fortalecimento dos conteúdos da escola formal associado à biblioteca, informática e grupo de estudos. Mas tudo acontecendo gradativamente de acordo com as necessidades e a capacidade da equipe para articular esforços a fim de realizá-los. Com os poucos recursos que dispúnhamos, investimos parte dele na criação de espetáculos de dança que divulgam o nosso projeto e conquistam a simpatia do público e apoiadores.

Conhecendo ainda mais...mais profundo...

No início dos anos noventa, um grupo de bailarinos, liderados pela coreógrafa Dora Andrade, iniciou uma experiência que resultou na criação da Edisca: oferecer aulas de dança a crianças vindas de um meio social que não lhes possibilitava acesso a uma educação de qualidade.
Iniciou apenas com meninas, por perceber que elas estavam mais expostas a condições de risco e fragilidade. Logo em seguida vieram os meninos, quando identificaram em nossa maneira de fazer dança formas de expressão inspiradas em suas próprias histórias de vida e realidade do nosso povo, onde elementos da cultura local e regional se mesclavam a códigos, elementos e conceitos da Arte contemporânea.
À medida em que aumentava o envolvimento da criançada com os professores, através dos jogos de dança, brincadeiras e montagens de pequenas peças coreográficas, criava-se uma relação de confiança onde os educandos tinham livre expressão.Foi exatamente acompanhando suas reações àquele universo novo de música, gestos, movimento e atitudes físicas, mentais e emocionais que vislumbramos o potencial pedagógico da Arte e a forte empatia e disponibilidade que as crianças e adolescentes manifestam pelos processos de aprendizagem através das várias expressões artísticas. Foi atento a seus depoimentos, observando e compreendendo melhor seus valores e visão de mundo que a equipe começou a pensar e formatar o que hoje se tornou EDISCA.